quarta-feira, 9 de março de 2011

Olhar Forçado

   Como o "pause" de um vídeo, o gelo de uma rainha, a chave de um cadeado. É um olhar forçado, fixado, preso a ilusão e sujeito a expressão do observador/artista.

   Como dispersá-lo, como julgá-lo?
   Só nos resta o olhar direto, esperto, digno de uma santidade, e próprio para o alto julgamento, como um salto sobre uma vela. É rápido, mas preciso.

   Um olhar de mundo, de vida, de criação, julgado e subjugado por todos, até por ele mesmo. Mas como? Olhando-se no espelho, ao ver o vão de fartura, a imagem incógnita, a luz refletindo, a vida saindo.

   Olhem, vejam, caiam. E levantem com glória de um rei, com a felicidade de um sambistas, com a tristeza de um dia de sol.

   Vamos nos olhar, se entreolhar, e sujeitar ao julgamento final...



Acima outra obra de Paulo Sérgio Zerbato, encontrada aqui e aqui!

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