quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um Brasil, antes distraído, na busca pela consolidação de um Estado com atitudes

Para ler este texto é preciso tomar conhecimento de alguns conceitos de grande embasamento no decorrer dos argumentos. E lá vão eles:
- História: “ciência que investiga o passado da humanidade e seu processo de evolução, tendo como referência um lugar, uma época, um povo ou um indivíduo específico”.
- Pacífico: “amigo da paz, sereno, tranquilo. Que é aceito sem controvérsias ou oposições; indiscutível”.
- Socialização: “ato de transmitir aos indivíduos os padrões culturais da sociedade”.
- Manifestação: “ação de tornar público. Ato de expressar um pensamento”.
- Vandalismo: “destruição do que é respeitável pelas suas tradições, antiguidade ou beleza”.
- Estado: “nação politicamente organizada e dirigida por leis próprias”.

Agora, já se é possível ler e retirar em meio aos questionamentos, suas próprias conclusões.

Há alguns dias o Estado provocou na população em geral um crescimento de um nacionalismo e preocupação com a condição miserável do país. A “labareda” serviu para “incendiar” o “coração” do povo brasileiro e abrir os olhos de muitos de nós que estamos sendo enganados por políticas públicas de investimentos invisíveis.
Aliado a este acontecimento, observamos uma Copa das Confederações ocorrendo e a proximidade devastadora da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Foram as mais altas “cifras” investidas (e com excesso de gasto “previsível”) para que criássemos estádios altamente tecnológicos em muitos lugares em que estarão deslocados da condição social da população, como em Cuiabá e em Manaus. É válido lembrar que não se faz um evento com “máscaras”, é preciso mostrar a “cara” desse país. E a falta de investimentos na educação, saúde, segurança, transporte público, e em muitas outras áreas fez com que mais de 200 mil habitantes brasileiros se reunissem em uma manifestação (um protesto) em sua maioria pacífica, a fim de reivindicar nossos direitos como nos é viável pela Constituição Federal.
Absolutamente, esta é a hora certa de um movimento como este, para “acordar” esse país tão despreparado e desrespeitoso com todos. Estamos passando por um marco histórico do Brasil que, instigados pelo aumento de R$0,20 e pela violência de policiais, provocou uma rebeldia mútua que fez com que ruas e mais ruas fossem cercadas em meio aos protestos.
O problema é a minoria de vândalos que tem como sinônimo de protesto, violência e depredação de patrimônio público (aí sim que se deve a intervenção de policiais, segundo a constituição), causando o transtorno momentâneo.
Ressalvo que a ocupação do Congresso Nacional foi uma das mais viáveis maneiras de se chamar a atenção do mundo inteiro para o “gigante” que agora, mas só agora, resolveu acordar e lutar veemente pelos seus direitos. O abraço ao congresso, as frases gritadas, o hino nacional cantado em alto e bom tom, evidenciaram o quão brasileiro nós somos e queremos o melhor ao nosso país.
Existiram vaias, o discurso da Dilma, o ataque bipolar da Mídia Global e o confronto entre o Estado, a População e a Mídia. Assim, independente de tudo, o que está em jogo não é a vitória da Seleção brasileira na Copa das Confederações e sim, a vitória de um Brasil com mais direitos, sem corrupção, com investimentos, apreciado pelo mundo, para que possamos nos orgulhar de uma “pátria amada”, terminando o canto de um hino.
O protesto com objetivo e sem vandalismos é importante e necessário, as intervenções e melhorias do governo também. Não podemos pensar que sentados no sofá e assistindo às redes de televisão decidirem o que fazemos e o que pensamos, conseguiremos avançar institucionalmente. A mídia não deve nos corromper e é preferível essa atual imparcialidade mascarada frente aos acontecimentos recentes. Mas também não devemos dar liberdade o suficiente para que isso ocorra na frente de nossos olhos.
O Brasil precisa de nós. A juventude está em processo da luta pelos direitos. E o “#vemprarua” tem que servir de exemplo às próximas gerações, para que não sejam corrompidas como fomos por muito tempo.

Repetindo o bordão criado pela Fiat: “Vêm pra rua, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil”. É nesse patamar que devemos jogar e “driblar” todo esse estado corrupto e imaturo. Estamos no fim do “segundo tempo” e precisamos de um “gol”.