Há
muito tempo, Martinho Lutero disse que “a família é a fonte da prosperidade e
da desgraça dos povos”. Podemos adaptar esta frase às mudanças que estão
ocorrendo atualmente. Assim, entendemos que esta instituição é enriquecida
pelas relações sociais e pela educação transmitida pelos pais, mas, em
contrapartida é corrompida pelo desrespeito dos povos que a desgraçam.
Na
Grécia Antiga o patriarcalismo se mostrou forte e evidenciou a supremacia masculina
no domínio da sociedade. Esse modelo foi desfeito com o passar do tempo e mesmo
assim, tornou-se muito relevante nas discussões sobre igualdade e respeito.
Porém, o assunto que tomou seu lugar se assemelha ao preconceito e é
direcionado às novas famílias que estão emergindo. São estas, os casais
homossexuais que, para a Igreja, contradizem a antiga tradição religiosa de pai
e mãe sendo um homem e uma mulher.
Definitivamente
muitas barreiras foram quebradas, como a legalização do casamento homoparental em
alguns locais e o “despertar” da mulher para o mercado de trabalho. São estes
aspectos que recriam a definição de uma instituição onde o que deve importar é
o bem-estar físico e social de seus integrantes. E as imposições de outrora
mostram como o nosso e outros países estão ainda desatualizados. Não existem
mais padrões a serem seguidos. Uma boa família é você quem faz. São as atitudes
de cada um.
Como
disse Engels em seu livro “Origem da
família da propriedade privada e do estado”, existe “uma ligação da família
com a produção material, utilizando-se do materialismo histórico e dialético e
relacionando a monogamia como "propriedade privada da mulher”. E essa
escolha já definida não é mais válida hoje em dia. Cada um decide como cultivar
seus familiares e criar laços socialmente afetivos. Caso contrário, é como se
estivéssemos enlatando pessoas de sexos diferentes e vendendo em prateleiras
nomeadas: “escolha seu parente”.
O
comércio familiar imposto pelo estado, pela igreja e pela mídia é extremamente
prejudicial, até mesmo à educação. E aos poucos se iniciará uma batalha que
perdurará por muito tempo. Pois a essência da família precisa ser resgatada e
as vitrines desta venda não podem ter expostos os filhos.