E de repente ela não está
mais aqui. A morte bateu na porta de uma querida, e as desculpas para
dispensá-la infelizmente acabaram. De uma hora para outra, momentos ruins e
sofridos chegaram, desestabilizaram o cotidiano, mudaram costumes. Tudo foi
feito para “abastecer o combustível”. Mas este já era insuficiente para suprir
todo o necessário e mesmo para ser suportado por este “tanque” de 13 anos. “Tanque”
no melhor sentido da palavra, muito conservado, confesso. Mas que o tempo
feriu, e não houve como restaurá-lo.
Lágrimas
correram. A respiração tornou-se ofegante. Os olhos fecharam-se aos poucos. E
foi só possível ouvir a “operação dos funcionários deste posto”. 48 horas e o
que antes funcionava, foi perdendo sua função. Porém, o que existe de mais belo
e incontestável neste mundo, foram as lembranças que sobraram. O ápice de um
sofrimento que acabou para ela. Estendeu-se para nós e deverá ser passageiro.
Agora ela está bem. Repousa. Relembra sua trajetória. E isso não é um ponto
final. É uma ponte para algum lugar, algum momento mais calmo e feliz. Tranquilidade.
Tristeza. Reconhecimento de que tempo passa. E de que eterno só ele mesmo.
E agora entendi para quê servem as fotos!
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