sábado, 19 de outubro de 2013

A burguesia proletária grita socorro!


Há muito tempo podemos considerar o exercício do patriotismo do cidadão brasileiro como sucessivas críticas ao questionável modo de governar o país. A população foi às ruas, bandeiras foram defendidas, estudantes uniram-se, sistemas foram discutidos com as “Diretas já!” ou mesmo com o movimento dos “caras pintadas”. Porém, o veículo de comunicação vem se transformando e está, atualmente, muito além de cartazes feitos à partir de mimeógrafos. Chegaram as redes sociais.
Por decorrência delas é que no fim do primeiro semestre de 2013, impulsionadas por motivos distintos, pessoas de diversas idades saíram em protestos. A contestação divulgada pela mídia tecnológica, a respeito desses ideais revolucionários, permeou um problema de milênios: o descompromisso governamental com relação à saúde, educação, transporte e às liberdades individuais.
O Que nos deixa duvidar é a veracidade das promessas feitas pelos políticos apenas para manipular um povo sofrendo com a “baixa” autoestima. Deste modo, não temos certeza a cerca das mudanças que foram provocadas e serão executadas. E a população iludida sofre com os resquícios de um vandalismo manifestante fora do controle.
Será que compensou todo o apartidarismo? Ou este foi marcado pela intromissão do antipartidarismo? É evidente que ambos foram concepções que se contradisseram durante as manifestações e denunciaram o caráter perigoso da falta de liberdade gerada pelo grupo social. Mas o posicionamento adotado foi o que preocupou, pois este pode ter ofuscado os objetivos do protesto.
Milhares de pessoas saíram defendendo um ideal de “país melhor” em que a rede social foi a metáfora do “‘independência ou morte’ às margens do Ipiranga.” Mas, ao que vemos, um discurso presidencialista cessou a desconfiança do povo brasileiro. E as atitudes a serem tomadas daqui para frente não devem ser acompanhadas por regressos eleitorais. Enquanto isso, o povo espera, sofre e busca uma esperança inexistente há anos.


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