terça-feira, 18 de setembro de 2012

Nice e a vida - Capítulo I - Parte três


Passaram-se horas e eu, com eles, esqueci-me dele. Momentaneamente.
Sim, era outro dia e eu acabava de acordar em meu famoso quartel. Meu quarto querido. Sem me esquecer dele. E morrendo de vontade de encontrá-lo. E fui.
Por sorte, estava na casa. Na mesma casa onde me olhavam ontem. E era ele. Ele que me olhou fixamente. Só que o nervosismo não me tinha deixado perceber. Como pude esquecer de meu querido Poeta tão amado? E pensar que ele me deixou só, naquele corredor, dizendo “Preciso retomar minhas escritas alucinadas, afinal, você sabe por que estou aqui. Seguirei meu caminho e você prometerá não me ir atrás. Tenho a leve impressão de que me perseguem e me procuram, estou com medo e não devo deixar minhas escritas, minhas reflexões de um poeta mal amado, correndo perigo. Não me siga ou me espere nunca mais.”. Correr atrás dele poderia ter mudado minha vida. Mas não o fiz. Havia prometido. Recolhi-me os cacos, como já lhes disse, e fugi. Se é que posso fugir, afinal já estava sozinha e nada e ninguém me perseguia. Imagino.
Sei como tudo deve estar confuso para você. Por isso, falarei sobre mim e sobre ele, o Poeta inatingível.

Continua na próxima semana...

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