Eu via o medo em seus olhos. Mas não tive o
que fazer quando ele me fez prometer que não seguiria seu caminho e nem iria
procurá-lo, nunca mais.
Foi intrigante e misterioso. Ele me deixou
só. Num corredor escuro e sem saber o que fazer. Sem rumo. Ele tornava-se, a
cada instante, mais inatingível. Era um poeta, mas um poeta inatingível.
E então fui à sua procura, como já lhes
contei. E o encontrei em sua casa diante a rala chuva que escorria em minha
face, desviando em meus lábios e inundando meu corpo. Finalmente após dois anos
pude reencontrá-lo. Mas nem tudo estava como pensei.
O mundo havia mudado, assim como ele, suas
atitudes, seu endereço (que na cadeira da biblioteca me confessara e me custou
descobrir o novo, mas o havia feito) sua vida, a minha vida e o seu amor. Era
difícil e doloroso vê-lo assim. Mas já era hora de conhecer as “cartas” deste
“baralho”. E como num jogo de xadrez, dei-lhe o “xeque-mate”.
Continua na próxima semana...
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