Passaram-se horas e eu, com eles, esqueci-me
dele. Momentaneamente.
Sim, era outro dia e eu acabava de acordar em
meu famoso quartel. Meu quarto querido. Sem me esquecer dele. E morrendo de
vontade de encontrá-lo. E fui.
Por sorte, estava na casa. Na mesma casa onde
me olhavam ontem. E era ele. Ele que me olhou fixamente. Só que o nervosismo
não me tinha deixado perceber. Como pude esquecer de meu querido Poeta tão
amado? E pensar que ele me deixou só, naquele corredor, dizendo “Preciso
retomar minhas escritas alucinadas, afinal, você sabe por que estou aqui.
Seguirei meu caminho e você prometerá não me ir atrás. Tenho a leve impressão
de que me perseguem e me procuram, estou com medo e não devo deixar minhas
escritas, minhas reflexões de um poeta mal amado, correndo perigo. Não me siga
ou me espere nunca mais.”. Correr atrás dele poderia ter mudado minha vida. Mas
não o fiz. Havia prometido. Recolhi-me os cacos, como já lhes disse, e fugi. Se
é que posso fugir, afinal já estava sozinha e nada e ninguém me perseguia.
Imagino.
Sei como tudo deve estar confuso para você. Por isso, falarei sobre mim e sobre ele, o Poeta inatingível.
Continua na próxima semana...
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