sábado, 19 de outubro de 2013

Carta Aberta

    Pessoal, abaixo, uma carta aberta com a temática das memórias históricas e afetivas, com enfoque nos idosos. O texto foi feito para as aulas de redação e está de acordo com as regras referentes à escrita e estrutura requerida pelos vestibulares como Fuvest e Unicamp. A única composição que NÃO deve constar nestes vestibulares (caso esteja especificado na proposta) é um nome próprio ou qualquer identificação do candidato (você!). Deste modo, a carta não deverá ser assinada com nome, como a que fiz!
    Atenção: os nomes que constam na carta são todos fictícios, assim como o destinatário.
   Espero que gostem!!! 





Piracicaba, 01 de outubro de 2013
Aos idosos do grupo de apoio “Reaja com vitalidade”

Conforme atingimos uma idade mais avançada, as lembranças começam a aparecer e diversas sensações permeiam nossa vida no que diz respeito aos laços afetivos e históricos fomentados ano a ano. Conhecemos pessoas, passamos por situações e ilustramos a ótica da nacionalidade.
Cada um de vocês deve se lembrar do passado de nosso país, do parâmetro internacional ou de alguma característica cronológica que marcou os antigos dias, como o atentado ao World Trade Center, o período populista e ditatorial brasileiro, ou mesmo o início de uma identidade marcada pelos novos ritmos musicais. São memórias como esta que devem ser resgatadas e analisadas por todos como bônus pelos tempos de vida.
Também podemos pensar sobre os laços afetivos e nossas vivências em busca de uma afirmação e estímulo ao futuro, reavivando a memória sem descuidar da saúde e das relações sociais em nosso convívio. O importante é manter constantes as observações diárias para que o exercício mental tenha resultados mais que positivos.
Deste modo, esperamos que compreendam que resgatar as memórias é o modo mais fácil de encorajar-se perante o mundo e demonstrar o quanto são importantes para ele. Afinal, tudo por que passamos se consolida nos resquícios de um Brasil em desenvolvimento, do qual somos os pilares mais importantes e antigos.

Atenciosamente,


Filósofa Cecília Toledo e psicóloga Sandra Diniz

A burguesia proletária grita socorro!


Há muito tempo podemos considerar o exercício do patriotismo do cidadão brasileiro como sucessivas críticas ao questionável modo de governar o país. A população foi às ruas, bandeiras foram defendidas, estudantes uniram-se, sistemas foram discutidos com as “Diretas já!” ou mesmo com o movimento dos “caras pintadas”. Porém, o veículo de comunicação vem se transformando e está, atualmente, muito além de cartazes feitos à partir de mimeógrafos. Chegaram as redes sociais.
Por decorrência delas é que no fim do primeiro semestre de 2013, impulsionadas por motivos distintos, pessoas de diversas idades saíram em protestos. A contestação divulgada pela mídia tecnológica, a respeito desses ideais revolucionários, permeou um problema de milênios: o descompromisso governamental com relação à saúde, educação, transporte e às liberdades individuais.
O Que nos deixa duvidar é a veracidade das promessas feitas pelos políticos apenas para manipular um povo sofrendo com a “baixa” autoestima. Deste modo, não temos certeza a cerca das mudanças que foram provocadas e serão executadas. E a população iludida sofre com os resquícios de um vandalismo manifestante fora do controle.
Será que compensou todo o apartidarismo? Ou este foi marcado pela intromissão do antipartidarismo? É evidente que ambos foram concepções que se contradisseram durante as manifestações e denunciaram o caráter perigoso da falta de liberdade gerada pelo grupo social. Mas o posicionamento adotado foi o que preocupou, pois este pode ter ofuscado os objetivos do protesto.
Milhares de pessoas saíram defendendo um ideal de “país melhor” em que a rede social foi a metáfora do “‘independência ou morte’ às margens do Ipiranga.” Mas, ao que vemos, um discurso presidencialista cessou a desconfiança do povo brasileiro. E as atitudes a serem tomadas daqui para frente não devem ser acompanhadas por regressos eleitorais. Enquanto isso, o povo espera, sofre e busca uma esperança inexistente há anos.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sobre eles, sobre nós, sobre os outros!

Houve uma época em que a divulgação de informações era feita somente pela oralidade e não era possível distinguir um boato das verdades natas. Então fomos evoluindo, os resquícios da escrita foram surgindo e na Roma Antiga, os imperadores já nomeavam delatores para que circulassem pelas ruas ouvindo as fofocas e criando outras contrárias, caso estas prejudicassem a imagem da soberania. O que só demonstrava o poder da fala em uma crescente.
Aos poucos surgiram outros meios de dissipar as notícias, pois havia a necessidade de controle social e político das massas. E o rádio foi o grande destaque neste momento. À partir deste aparelho é que os rumores serviram de política “adestradora” da população, que ocorre até hoje, com a revolução tecnológica responsável pela criação das redes sociais.
Obviamente que, mesmo com a internet, é muito difícil confiar na veracidade dos fatos que nos são apresentados. Por isso que, no campo internacional, observamos a China ameaçando a condenação de quem espalhar boatos “virtuais”. E a explicação para esta atitude está muito além da interpretação correta de “liberdade de expressão”. São necessárias atitudes.
Não bastou essa inconformidade da segunda economia mundial e nem mesmo explicitar a linha tênue que separa o caos de pequenos rumores maldosos. Pelo simples fato de que estes são a mais velha mídia do planeta.
A única forma de cessar a introspecção causada por esta difusão informativa é ir além dos conceitos educacionais competitivos e patriotas que mascaram as políticas em todos os cantos. Como foi dito por Mandela: “Fofocar sobre os outros é certamente um defeito, mas é uma virtude quando aplicado a si mesmo”.









Sinta! Por si só....

   E quando bate aquele sentimento forte que não se pode acalmar ou segurar. E você percebe que o mundo está ali, você está ali, assim como sua família. E a vontade de ler chega e de escrever e de desenhar e de assistir e de amar e de sonhar. Não se pode resistir. Mas os olhos só enxergam aquele objetivo lá no fim. Um tal de vestibular. E tem a pressão da prova, do conteúdo, "do continente", da metonímia, da escola. A lágrima escorre mas não sacia a sede de chorar e de mudar o rumo da situação.
   É extremamente difícil ler e escrever enquanto se estuda ou se precisa estar estudando. Os pensamentos são tão inóspitos e inconsequentes. São preenchidos de abismos de matéria e mais matéria. E ficamos cansados de tanto pensar, de tanto estudar. Mas o tempo está acabando e o tal do vestibular está mais próximo. Os estudos, não sei porque eles estão tão amedrontadores.
   Força de vontade não pode faltar. Mas de quê adianta estudo sem questionamento, sem dúvida e sem preocupações, né? Siga seus objetivos e pronto. Que eu sigo os meus também e vejo se esqueço de amar, de sonhar de cantar de ler de escrever a vírgula. É preciso ter o tempo pra descansar, pra se divertir, pra se querer viver.
   Precisamos aproveitar a vida, como se fosse um pássaro em seu primeiro voo, ou mesmo um livro em seu lançamento. As atitudes vêm depois, com o tempo. E com a aprendizagem desse ano mais do que corrido. Uma hora os sonhos se libertam e os pensamentos esmiúçam a pele em busca de vitalidade, em busca de saciedade, de escrita e de amor.
   Temos é que nos aquietar e esquecer que o sistema de ensino é o ditador de uma constituição composta por notas e valores adquiridos, principalmente, na teoria. A libertação vem aos poucos, quando descobrimos que somos mais que o "sistema" e que o binômio conhecimento/identificação é conceito pronto e irreparável e somente mutável por nossa consciência.
   Então leia, escreva, ame, divirta-se... Viva com intensidade cada momento, cada olhar, cada sentimento e vontade. Pois o tempo nos traz o que ainda não queremos enxergar. E nossa visão se expande a cada nova brisa. E nossa opinião muda a cada instante. Resquícios de um antigo sofrimento.