terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Vida em retalhos

   A cada passo, a cada olhar, sentimos, pensamos, enfim, vivemos. Criamos nosso mundo particular, onde cada riso, cada tristeza, cada momento, vale a pena. Onde caminhamos tranquilamente, até termos os objetivos alcançado, pelas vinhetas vividas, pelas portas que se abriram.
   Percebemos que a vida é muito mais, muito mais que isso. Que em cada instante os sonhos passam por nossa mente para um dia finalmente tudo mudar.
   Mudanças que podemos esperar, até o momento certo, sem data definida, sem hora marcada. Só sim, e assim, ser simplesmente, fim.
   Por mais tarde que for, cada sentimento é válido, numa onda de clichês, onde o mundo paira, sobre as decisões de cada um, de cada conjunto. Onde os ideais são diferenciados por pequenas atitudes. Atitudes essas que transformam, deformam e informam.
   Basta um passo em falso, para a formação de um abismo absoluto, que leva ideias, vontades, sentimentos. Que é capaz de ultrapassar as barreiras da vida. Revelando-nos o quão importante cada um era. Era. 
   Nessa mudança de vida, pensamos no fim de ano como a única passagem "prelas", como único caminho. Mas não, a qualquer momento estamos sujeitos a tais mudanças e consentimentos.

   Somente viva, e compreenda seu viver apenas pelos relatos e retalhos que sobram, que ficam, que se guardam e consagram a cada um. Procure entender o sentido, do abismo, de cada olhar e sentimento. Prepare-se, pois a partir de "agora" e de todo o sempre, você está em um jogo. Chamado vida.