segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Recém chegado de um concurso

    A redação abaixo é de minha autoria, elaborada especificamente para um concurso de redações Aqui. O tema solicitado era as desigualdades existentes entre homens e mulheres em nosso país. O resultado foi publicado dia 15/12 no site ali. Infelizmente não fui premiado em nenhuma das categorias, mas mesmo assim, estou muito feliz por ter participado. E que os próximos anos me esperem!!!

   Abaixo, a redação:

                        Introdução a uma vida de mulher

            Neste mundo em que vivemos, com desigualdades, injustiças, preconceitos, cada um se expressa como consegue, refletindo e retratando seus ideais. Um mundo com tantas qualidades, mas com problemas bem visíveis aos olhos dos cidadãos observadores, dos leitores e escritores. Em nosso cotidiano, conhecemos pessoas, descobrimos amizades, revelamos sentimentos e ideais que nos chamam a atenção às diversas etnias (negros, brancos, pardos) com que nos relacionamos diariamente. Homens e Mulheres. De todos os jeitos e opiniões. Mas como é o entrosamento e a interação entre homens e mulheres na sociedade atual? O que o olhar de um escritor-observador percebe a respeito disso?
            Neste mundo bipolar, homens e mulheres podem ser amigos, irmãos, colegas de trabalho, tendo assim, uma interação. E o preconceito nos rodeia, criando situações em que não nos sentimos bem e perdemos a vontade de continuar caminhando pela vida,  precisando assim, de muita força para continuar lutando.
            Percebemos que em certos casos mulheres e homens ocupam lugares diferentes na sociedade. Lugares muitas vezes opostos. Muitas mulheres são rejeitadas em empregos e subordinadas a apenas algumas profissões, pois algumas pessoas determinam o que é emprego de mulher e emprego de homem. Uma fiel desigualdade, um grande preconceito. E aos olhos artísticos uma grande falha numa obra chamada ser humano. Qualquer pessoa, homem ou mulher, tem o direito de escolher sua profissão, independente de opiniões, sem o menor preconceito. E um trabalho digno e bem elaborado tem que ser mais valorizado.
            Nesta sociedade em que vivemos, somos todos iguais, a mulher pode governar, comandar, vencer, e assim como o homem, ter seu lugar no espaço, expressando sua opinião e interagindo com o meio a sua volta. O respeito a qualquer gênero tem que ser colocado em questão. Independente das características físicas, o que realmente importa são as qualidades desta pessoa, o modo como pensa, como reage a diferentes situações, como retrata sua sabedoria.
            Preconceito por preconceito, chegamos a um ponto de bastante preocupação: a violência. É a partir dessas desigualdades que a violência aparece. Agressões a mulheres, tudo voltado ao preconceito e rejeição que alguns esboçam ao observar a imposição feminina. E o mais importante é denunciar essa violência, relatar a desigualdade que está ocorrendo.
            Ao vivermos em sociedade, estamos expostos a todo tipo de rejeição, e devemos lutar contra isso. Tanto a mulher quanto o homem vivem em um meio comum, onde interagem com os outros e captam novos conhecimentos que valorizem sua opinião, seu modo de pensar e os tornem, a cada momento, mais capazes de aceitar a sociedade. Neste mundo de retalhos em que nos envolvemos, precisamos estar a cada momento, mais presos, mais unidos, para aguentarmos ficar expostos ao sol, expostos ao vento e a dualidade da vida.
            O questionamento sobre a igualdade feminina também provém do próprio meio, de algumas mulheres, tanto negras quanto brancas, capazes de prejudicar o próprio gênero, nas escolhas, oportunidades e convivências. Muito disso se reflete nas diversas oportunidades desiguais a mulheres negras e brancas, que muitas vezes acabam por não ocupar um mesmo espaço na sociedade, tanto por sua cor, seu estilo, sua roupa, quanto por seu porte físico, sua beleza, sua atitude. Cada qual, com sua opinião, com sua oportunidade, rompendo barreiras, vencendo desafios, e enfrentando constantemente uma rede de preconceitos.
            Tudo já se torna diferente quando não nos achamos melhores que os outros, quando paramos de comparar ideologias, modos e estilos de vida.
            Mas as mulheres, de todos os jeitos, de todos os rostos, com suas opiniões, com seus viveres, suas sortes e olhares, conhecimentos e amores, devem ser valorizadas. Mulheres, milhares e milhares delas que hoje, sofrem com preconceitos enormes, o que tem que acabar. 
            O que lerão a partir daqui, se refere a todos os afetos e desafetos, preconceitos e desigualdades destinados as mulheres. São críticas, escritas e esboços de um pensamento bipolar. Mergulhem-no!

            Mulher, jovem, menina. De tão pálida face, que não é preciso distinguir cor ou etnia, para conceituá-la. Face de medo, carinho e respeito, solidão que me faz sofrer. Mulher de conceito, opinião, conhecimento, refletindo seu caminho e seu viver. Sua imagem incandescente, seu reflexo ausente, uma vida ainda por vir e sentir, nos tropeços e atropelos, que perseguem a todos.
            Atrás, o que se vê, é melhor do que se sente, tristeza solene, presente, profunda, como combustível do abismo, ou a confusão na mente rotulada de uma (feminina) mulher. E na ausência de uma interação, basta olhar a sua volta, e perceber a ignorância e o preconceito que a persegue. Na ironia do olhar, singelo ao pensar, deixa de lado, segue em frente, junto à empreitada de conhecimentos obtidos por anos e anos de dedicação em ser, simplesmente, mulher. Na alegria de viver, de sorrir e cantar, no auge da felicidade, relembra que sempre há algo a encontrar, uma rejeição, um preconceito, forte de tal forma a deixá-la triste e pouco tranquila. São tantas perseguições, que somente um verdadeiro amigo para entendê-la e ao menos consolá-la.
            Nas profundezas desta imensa incerteza, nos resta observar e imaginar o quão infeliz está esta mulher, que nem ao menos indaga o que depois de um tempo pode ser verdade: a punição aos ridículos preconceituosos. Mas como representante do gênero, se mostra capaz a despertar, ignorando as aparências, forte, decidida, como toda mulher. Gloriosa, vitoriosa por mostrar ao mundo, tal falto, e tal gravidade. Revelando aos mais fracos sua postura diante tal humilhação e chateação.   
            Assim, a mulher guerreira, decidida, não se deixa sofrer. Aos mares esperançosos, nas lágrimas que dela já caíram, e os sonhos que tivera, são brevemente deixados aos ventos, esperando que um dia, ao menor tornado que for, volte mais forte e convincente, capaz de humilhar a todos que já a desrespeitaram.
            Caminhando, refletindo, e vai. A mulher de atitude, que não compreende tal fato. Criticamente revelando suas ideias, sem imaginar que ao sair da zona dos preocupados e interessados, deparara-se com uma grande quantidade de novos preconceituosos e desiguais que a julgarão independente de qualquer opinião, sem respeito, classificando-a segundo seus objetivos e ideais.
            Sozinha não conseguirá mais nada. Nessa desigualdade entre homens e mulheres, teremos que ajudá-la. Precisamos igualar os gêneros deste contraste!


domingo, 4 de dezembro de 2011

Vento com as palavras de Pero Vaz de Caminha

Wordle: Palavras AO vento da Carta de Pero Vaz de CaminhaEmaranhado de palavras de um dos maravilhosos trechos da carta de Pero Vaz de Caminha!!!

Se quiserem fazer e emaranhar assim, entre aqui!